Gestão Escolar
Entrevista com Douglas Oliani
Bacharel em Administração, Douglas Oliani começou sua carreira no mundo empresarial com passagem por multinacionais como Harvey Hubel, Philip Morris e Rhodia. O sonho de ser professor sempre esteve nos seus planos e quando apareceu a oportunidade no Colégio e Faculdade Radial de São Paulo, Oliani não teve dúvidas em abraçar a profissão.
Na época começou como professor, depois coordenador e, mais tarde, foi convidado para dirigir uma das unidades daquele grupo educacional. Em 2006, mudou-se para Curitiba para dirigir a Faculdade Padre João Bagozzi, e em 2016 foi convidado para participar do Conselho Gestor do Grupo Educacional ITECNE & Madalena Sofia, onde assumiu a educação superior e seus segmentos.
No mesmo ano assumiu o cargo de diretor administrativo do Sinepe/PR e, desde 2018, atende como vice-presidente do Sindicato, onde tem atuado em várias frentes as levando contribuições da rede particular de ensino do Paraná para outras esferas como, por exemplo, junto às reuniões realizadas pela FENEP.
Foi na educação e como gestor escolar que Oliani encontrou sua verdadeira missão de vida. “Eu adoro o que faço”, conta. Ele acredita na qualidade dos serviços e na qualificação dos estudantes, em formar pessoas capazes de resolver problemas diários atinentes ao mundo do trabalho. Confira, na entrevista a seguir, mais algumas ideias compartilhadas pelo nosso vice-presidente.
Sinepe/PR – Como tem sido sua atuação como vice-presidente do Sindicato ao longo desses quatro anos? Pode citar as principais contribuições e projetos desenvolvidos?
Douglas Oliani – O Sinepe/PR , aos seus 70 anos, tem uma representatividade de categoria sindical das escolas particulares extremamente importante no cenário paranaense, como também no cenário brasileiro, uma vez que está vinculado à FENEP – Federação Nacional das Escolas Particulares. Portanto, antes de relatar a respeito da minha experiência devo honrar e respeitar todos aqueles que por lá passaram desde as primeiras aspirações desta casa. Meu agradecimento aos últimos presidentes com quem tive a oportunidade de conviver ao longo destes dez anos, o Professor Jacir Venturi, o Professor Ademar Batista Pereira e, atualmente, a Professora Esther Cristina Pereira, em especial.
Nestes anos enquanto vice-presidente tive a oportunidade de participar e contribuir com alguns projetos estratégicos, como o BRASIL DO FUTURO Visões e Propostas das Escolas Particulares, que tomou proporções junto aos candidatos da última eleição em 2018; Também participei dos movimentos de desburocratização do Sistema Estadual de Educação; dos debates a respeito da ação do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária imbricados aos sistemas educacionais; dos debates para a desburocratização nos processos, atos regulatórios e publicação dos processos junto ao MEC para a Educação Superior; participei dos debates regionais e nacionais referente ao FIES (Programa de Financiamento Estudantil) e também, entre outros, no projeto de desoneração tributária das Escolas Particulares em face da prestação do serviço educacional, e que diretamente retira da obrigação do Estado brasileiro cerca de 17% dos estudantes da Educação Básica e 72% dos estudantes da Educação Superior. Neste último ano, participo da coordenação dos encontros mensais das Instituições de Ensino Superior, em que são realizados estudos, reflexões e projetos do segmento sob o viés regional e nacional, em conjunto com a Presidente e com o Diretor do Ensino Superior, Professor José Antônio Karam.
Sinepe/PR – O senhor participou de algumas reuniões junto a FENEP. Quais foram as principais demandas levadas pela rede particular de ensino do Paraná para a esfera nacional?
Douglas Oliani – Juntamente com a FENEP, tive a oportunidade de representar o Sinepe/PR nas reuniões onde foram discutidos projetos de abrangência nacional, tais como a desoneração tributária das Escolas Particulares; a desburocratização nos processos da Educação Superior em seus atos regulatórios; estudos e debates referentes ao FIES; estudos, debates e propostas para a reforma trabalhista, entre outros assuntos macroeconômicos de interesse das escolas particulares.
Sinepe/PR – O senhor também já participou de alguns eventos realizados nas regionais. Como foi a troca de experiência com outros gestores e professores?
Douglas Oliani – Os eventos regionais promovidos pelo Sinepe/PR são oportunidades tanto para a percepção e a extensão dos trabalhos no âmbito estadual, como para fazer-se presente na contribuição às regionais com palestras e capacitações de professores e da comunidade escolar, incluindo gestores e técnicos administrativos. Também é uma grande oportunidade de prospectar, por meio de reuniões com as diretorias regionais, as dificuldades, os desejos, os anseios e as perspectivas das escolas particulares de cada região do Estado.
Sinepe/PR – O Grupo ITECNE tem sede em Curitiba e Cascavel, ofertando do ensino infantil a pós-graduação e EAD. Como tem sido atuar no Conselho Gestor da instituição e quais os planos para 2020?
Douglas Oliani – Atualmente o grupo passa por diversas modificações de ordem organizacional, estrutural e estratégica, motivadas ao crescimento sustentável em todos os segmentos educacionais. Portanto, neste momento, mencionar sobre os desafios para 2020 é traduzir tudo aquilo que foi planejado em 2016, como por exemplo, a Graduação e a Pós-Graduação na modalidade a distância com a Faculdade ITECNE de Cascavel, futura Faculdade Santa Madalena Sofia, e as estratégias para a educação presencial com a Faculdade Madalena Sofia de Curitiba.
Sinepe/PR – Como o senhor enxerga o cenário da educação particular no Paraná para 2020? Pode compartilhar alguma dica com outros gestores já que daqui a pouco começa o período de rematrículas e matrículas?
Douglas Oliani – Com respeito ao período de matrícula, eu me pego a refletir e planejar numa campanha pelo menos alguns anos antes, ou seja, com tempo para ampla análise, pois escola trata-se de uma prestação de serviço continuada e de longos anos, portanto mais do que qualquer política de preços, está a missão institucional e suas pretensões educativas, que devem ser desdobradas sistematicamente em suas campanhas, ou seja, tem que ser uma ideia que perdure ao longo do tempo, e que demonstre que sua escola tem personalidade, missão e valores.
Na pretensão de projetar o cenário da educação privada do Estado do Paraná, eu acredito ser este um terreno fértil para aprimorarmos os resultados qualitativos já existentes da escola privada.
Para falar com o nosso vice-presidente Douglas Oliani entre em contato pelo e-mail doliani@itecne.com.br