Laboratórios de universidade abrigam iniciativas de combate à Covid-19
Na PUCPR, alunos e professores fabricam álcool gel e máscaras de proteção. Material é doado para hospitais de Curitiba
Solidariedade. Essa é a palavra que move a sociedade diante do desafio de conter o avanço da Covid-19. Enquanto médicos e especialistas estudam o comportamento do coronavírus, outros setores se mobilizam para tentar amenizar os impactos. Entre as principais demandas da área de saúde, os EPIs (equipamentos de proteção individual) e o álcool gel precisam ser produzidos em larga escala – até o momento, representam a forma mais segura de evitar a contaminação.
Em 20 de março, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a produção do álcool gel sem necessidade de registro prévio, com o objetivo de ampliar a oferta do produto, especialmente em ações comunitárias e doações. A PUCPR está fazendo a sua parte: por meio dos laboratórios do curso de Farmácia da instituição, são produzidos 35 litros do álcool todos os dias. Com a participação de docentes e alunos do curso de Enfermagem, a instituição também está trabalhando para auxiliar na campanha de vacinação contra a gripe em Curitiba. “São voluntários demonstrando todo o seu altruísmo, compreendendo que apesar dos desafios e adversidades da profissão, honram sua escolha. Está no DNA do enfermeiro o desejo de cuidar”, comenta Ana Beatriz Rodrigues, coordenadora do curso de enfermagem da PUCPR.
Outra iniciativa de estudantes e professores da PUCPR é a fabricação de máscaras e óculos de proteção. No Labmaker, laboratório de protótipos 3D da Escola de Belas Artes da PUCPR, já foram produzidas mais de 500 unidades. Os itens são doados para as unidades de saúde que estão atendendo casos suspeito da doença em Curitiba, como o Hospital Universitário Cajuru e o Hospital Marcelino Champagnat.
A produção não para e segue as regras de segurança estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): há apenas um voluntário em laboratório. “Estes materiais são fundamentais para que os profissionais da saúde não fiquem expostos ao novo vírus e possam seguir realizando seu trabalho no combate à doença “, explica Cristina Baena, professora da PUCPR e coordenadora do Centro de Estudo, Pesquisa e Inovação dos Hospitais do Grupo Marista (CEPI). Nas próximas semanas, a instituição busca dar continuidade às iniciativas em andamento e ampliar a doação das máscaras para outras unidades de saúde, como o Hospital do Trabalhador.
por G1 PR