Com Covid-19 ainda em alta no Brasil, como fica a educação a distância para 2021?
Com a pandemia do novo coronavírus registrando novos aumentos no final de ano no Brasil, fica claro que diversas limitações geradas pela Covid-19 seguirão nas nossas rotinas para 2021. Na educação não é diferente. No último dia 11, O Ministério da Educação (MEC) homologou uma resolução que libera ensino remoto enquanto durarem restrições sanitárias.
Se em 2020 o ensino a distância teve de ser adotado às pressas, o cenário em 2021 pode ser mais organizado e eficiente. É o que pensa o professor João Vianney, doutor em Ciências Humanas e consultor em educação a distância na Hoper.
Na avaliação do professor, o emprego em massa do ensino a distância no início da pandemia foi feito em caráter emergencial e, por isso, contou com “erros, correções e ajustes”. Para 2021, segundo ele, é possível prover uma educação de maior qualidade no país ainda que não se possa voltar integralmente às salas de aula já no começo do ano.
“2021 será ainda conectado. Eu vou ter, no limite, sempre a maioria dos alunos em casa e não na sala de aula [modelo de rodízio, com parte dos alunos no presencial e outra parte em casa]. Não há escapatória. Nas escolas privadas e nas universidades (públicas e privadas) já há uma estrutura pensada para isso, o problema está no ensino público que não atacou o principal até o momento: a conexão e o dispositivo para os alunos que ainda não têm”, opina Vianney.
De acordo com dados da Rede Enem, durante a pandemia, alunos de escola pública tiveram 75% a menos de aulas em relação ao estudante da rede privada. Enquanto o oferecimento de aulas onli-ne foi quase integral na rede privada (99%), o mesmo não aconteceu nas instituições financiadas pelo poder público (57%).
Por Yahoo