Transmissão da Covid-19 nas escolas é 30 vezes menor do que em outros setores, diz Rossieli Soares
A taxa de transmissão da Covid-19 nas escolas é 30 vezes menor do que em outros setores da sociedade. A avaliação é do secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 15, ele falou sobre os baixos índices de contaminação pelo coronavírus no ambiente educacional e sobre os aprendizados ao longo da pandemia. “A escola é uma taxa de transmissão muito mais baixa que outros ambientes, por ser ambiente controlado. A transmissão de criança para adultos, de criança para criança, é baixíssima, praticamente não tivemos casos averiguados. De adulto para adulto é o mesmo fator, mas precisa ser cuidado. Temos um ambiente com controle, portanto o uso de distanciamento social e o funcionamento em rodício tem dado resultados. A taxa de transmissão da escola verifica nesses primeiros meses desse ano se mostra 30 vezes menor do que a taxa nas outras áreas da sociedade. Temos uma taxa de transmissão 30 vezes menos.”
Considerando os baixos índices de contaminação, Rossieli Soares defende a retomada das aulas presenciais, interrompidas, nesse momento, em toda rede estadual de São Paulo. Segundo o secretário, o Estado antecipou o recesso escolar, previsto para acontecer em outubro, durante a Fase Emergencial do Plano São Paulo. Com isso, nas próximas duas semanas as atividades escolares estão paralisadas. A previsão é as aulas sejam retomadas em duas semanas. “Entendemos que nesse momento é importante contribuir com diminuição da circulação [de pessoas], antecipar o recesso para agora e daí podemos ter mais estudantes no momento que seriam os recessos”, afirmou o secretário, que defende também o recesso antecipado para a rede municipal e privada, embora ambas não estejam proibidas de continuar com as aulas presenciais. “Não há no decreto do governador João Doria nada que proíba as escolas de estarem funcionando.”
Segundo o secretário da Educação, o prejuízo da pandemia e da paralisação das aulas presenciais para os alunos ainda é ‘inestimado’, podendo chegar a quatro anos. Por isso, ele ressalta que a retomada das escolas é prioridade. “Estamos aconselhando todas as redes que puderem antecipar os recessos que os façam. Agora, a gente não consegue ter aula presencial, mas outubro eu consigo ter um ambiente propício para ter de 70% a 100% estudantes [presencial]. Nosso conselho é que se puder antecipar férias, seja privada, seja municipal, que o faça”, reforçou. Rossieli também defendeu a vacinação prioritária dos professores, embora não concorde que as escolas esperem a completa imunização dos profissionais para retomada presencial. “Não defendo esperarmos volta as aulas somente quando tivermos a vacina, porque os prejuízos para as crianças são enormes. É importante olharmos para aqueles que mais precisam, que são as crianças. Temos o direito de proteger as crianças, e vamos continuar fazendo isso.”
Por: Jovem Pan