Curso Técnico em Cervejeiro do Colégio Imperatriz pretende oferecer profissionais de ponta ao mercado
O setor cervejeiro está em constante transformação. Na última década, por exemplo, temos visto o grande crescimento no número de pequenas e microcervejarias no Brasil. De acordo com o Mestre Cervejeiro e consultor de malteação da Agrária Malte, Frank Nohel, “para fazer cerveja é necessário água, malte, lúpulo e fermento, esses são os ingredientes básicos. Mas é preciso também outro ingrediente muito importante, o conhecimento”.
Foi pensando nisso que o Colégio Imperatriz Dona Leopoldina uniu sua vocação para o ensino de qualidade à experiência da Cooperativa Agrária com o domínio da cadeia produtiva do malte para a criação do Curso Técnico em Cervejaria. Lançado em 2020, na capital do malte, Guarapuava, o curso conduz atualmente sua primeira turma e inicia em setembro o processo seletivo para a turma de 2022.
As aulas do Técnico em Cervejaria começaram em fevereiro deste ano. A turma é composta por 21 estudantes, de diferentes regiões do Brasil, com diferentes perfis que vão de profissionais com experiência no mercado cervejeiro a jovens com interesse em ingressar na área. “A turma é muito participativa, não apenas em sala de aula, mas na troca de experiências entre si. Esse intercâmbio de informações é muito rico”, comenta a professora Deise Maria Feltrin, coordenadora do curso.
Como a proposta do Colégio Imperatriz é que os novos profissionais consigam uma inserção rápida no mercado de trabalho, o curso tem duração de um ano. Para isso, as aulas estão sendo ministradas de segunda à sexta-feira, em período integral. A formação em período integral propicia aos estudantes uma imersão no mundo cervejeiro, pois em Entre Rios é possível acompanhar a cadeia produtiva da cerveja desde o campo até o copo.
O aluno, durante este ano de imersão, aprende sobre cultivo de manejo de dois dos principais ingredientes da cerveja: lúpulo e cevada, graças aos trabalhos de pesquisa realizados na FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), coligada da Cooperativa Agrária. Conhecer o processo de transformação da cevada em malte faz parte do currículo dos alunos e pode ser vivenciado nas maltarias da Cooperativa. E, para consolidar a cadeia produtiva, os alunos desenvolvem suas próprias receitas com produção na Cervejaria Experimental da Cooperativa Agrária. E para quem acha que o curso acabou com produção da cerveja está enganado. As análises do produto final, sejam sensoriais ou físico-químicas, são importante parte da formação e acontecem nos laboratórios do Colégio e da Cooperativa. O controle de qualidade e a rastreabilidade das matérias-primas até o produto final, a cerveja, são decisivos para garantir o cliente satisfeito.
Para o Mestre Cervejeiro Frank Nohel e docente do curso, o mercado brasileiro possui uma grande demanda por profissionais capacitados para atuarem nas cervejarias e maltarias espalhadas pelo país. “Acompanhamos a evolução do mercado e ainda nos deparamos com clientes, até de médio porte, que não têm um profissional técnico atuando. Isso prejudica o próprio cliente, pois existe um grande risco dele não conseguir manter um padrão de qualidade na produção”, diz.
O Mestre Cervejeiro Alexander Schwarz, docente do curso e encarregado pela Cervejaria Experimental da Agrária, lembra que a qualificação dos alunos é a principal meta da Cooperativa e do Colégio Imperatriz. “Nosso objetivo não é volume e, sim, qualidade. Queremos entregar ao mercado profissionais altamente gabaritados, prontos para contribuir com o desenvolvimento da produção cervejeira no Brasil”, afirma.
E o que pensam os alunos?
Juliana Rost de Medeiros é Engenheira de Produção. Seu contato com universo cervejeiro deu-se por intermédio de seu irmão, que atua na área há mais de 20 anos. Ao concluir o curso, sua intenção é entrar de cabeça nesse mercado. “Sempre trabalhei na indústria, então, ao final do curso, meu objetivo é atuar como cervejeira, no chão de fábrica mesmo, ou em uma área comercial”, revela.
Engenheiro Químico formado pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Marcos José Parente Miranda Filho trabalha em cervejarias desde 2014. Com passagem pela Ambev e hoje atuando em uma grande cervejaria, a procura pelo Curso Técnico em Cervejaria surgiu como uma alavanca para seu crescimento profissional. “Esse é um curso diferenciado, que com certeza vai formar egressos prontos para assumir cargos de liderança. Minha perspectiva é realmente desenvolver minha carreira dentro da indústria cervejeira”, comenta.
Carolina Biancchi Salvador começou em 2013, como muitos outros cervejeiros, fazendo cerveja em casa. Em 2014 a atividade deixou de ser um hobby e passou a ser trabalho. De lá para cá, ela adquiriu informações de todas as maneiras possíveis: cursos, palestras, workshops, literatura, entre outros. Entretanto, Carolina sentiu a necessidade de ampliar seu conhecimento técnico. “Hoje eu tenho um técnico responsável pela cervejaria, mas ele não permanece todo o tempo lá. Com o conhecimento que estou adquirindo, minha meta é me tornar responsável técnica pela produção”, conta.
Para maiores informações acesse:
https://www.colegioimperatriz.net.br/curso/tecnico-cervejaria
Por: Sinepe/PR