‘O importante é esperançar numa prática antirracista’
Em conversa com o Porvir, o filósofo e escritor Renato Noguera reforçou que o verbo esperançar envolve, necessariamente, que todos se comprometam com uma política pública antirracista
Entre o amor e o luto – ou misturado a esses dois sentimentos – está o esperançar. Esse verbo apresenta muito mais do que uma esperança passiva: comunica-se diretamente com uma esperança que olha para o futuro, que mantém o engajamento e o sonho.
Onde encaixar o amor no currículo escolar? Com reflexões sobre dois dos sentimentos mais comentados pela humanidade, o filósofo e professor Renato Noguera dedica parte de seus escritos a desvendar nuances e novas formas de encarar as dimensões do amor e do luto, que às vezes ocupam o mesmo espaço.
Em conversa com o Porvir, ele falou sobre estratégias para discutir esses temas na escola, como lidar com discursos de ódio e o que pensa do verbo esperançar – tão presente no vocabulário de educadores e educadoras Brasil e mundo afora. O termo, inclusive, está muito ligado ao legado de Paulo Freire (1921-1997): o esperançar freiriano aparece, entre outros livros, em “Pedagogia do Oprimido” e “Pedagogia da Esperança”.
Por: Porvir