Personalização do conteúdo em escala contribui para preservar identidade da UniFOA
De que maneira é possível construir novos processos de aprendizagem, utilizando conceitos pedagógicos avançados e recursos tecnológicos de ponta, sem perder a identidade da instituição de ensino?
Este foi um dos temas debatidos no podcast A Voz do Conhecimento, produzido durante o 28.º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), evento realizado de 15 a 18 de outubro no Centro de Convenções Riocentro, no Rio de Janeiro.
EAD personalizada com identidade própria
Como exemplo, foi apresentada no podcast a parceria feita entre a +A Educação e o Centro Universitário de Volta Redonda/UniFOA, instituição que tem como entidade mantenedora a Fundação Osvaldo Aranha, com mais de 50 anos de história.
Essa parceria começou em 2019 com a criação de um projeto-piloto, que visava desenvolver as estratégias de EAD da IES. Conforme o pró-reitor de Educação a Distância da UniFOA, Rafael Teixeira, desde o começo, a ideia era trabalhar com uma EAD que pudesse gerar impactos positivos tanto para a comunidade interna quanto para a sociedade.
No ano seguinte, a +A Educação e a UniFOA projetaram dar início à ampliação do projeto para o conjunto dos 21 cursos de graduação da UniFOA, mas um fato novo fez com que tudo precisasse ser revisto: a eclosão da covid-19.
Em 13 de março de 2020, literalmente do dia para a noite, todas as atividades presenciais do centro universitário tiveram que ser totalmente paralisadas. Foi preciso agir com rapidez: “Após um período acelerado de formação dos professores, conseguimos desenvolver um núcleo de produção de conteúdo e curadoria de conhecimento na Pró-Reitoria de EAD. Com isso, já no final de março daquele ano, estávamos retomando as aulas, o que foi uma grande vitória”, relata Teixeira.
Formação continuada para professores
A pandemia representou mesmo uma virada de chave para o Centro Universitário de Volta Redonda, conforme Raphaela Novaes, coordenadora de Negócios da +A Educação: “Com agilidade, foi possível colocar os conteúdos no formato virtual sem perder a identidade da instituição. Para isso, os professores desempenharam um papel fundamental”, ressalta ela.
Após o período mais agudo da covid-19, a UniFOA passou a trabalhar com processos regulares de formação continuada de docentes. Desse modo, a cada semestre, essa formação se dedica a temas específicos – em julho deste ano, por exemplo, foi concluído um curso de competências digitais para os docentes.
“Cabe ressaltar que os professores são convidados, e não obrigados, a participar das atividades. A gente não impõe nada, mas assegura que, se eles participarem, terão um processo de aprendizagem diferenciado na sala de aula”, anota Rafael Teixeira.
Para Raphaela, o papel do docente não é criar conteúdo, e sim experiências de aprendizagem. “Por isso, trabalhamos na personalização da educação a partir da figura do professor, para que ele tenha à disposição conteúdos didaticamente pensados para focar na experiência de aprendizagem”.
Personalização assegura identidade da IES
Passada a pandemia, o que veio depois? Segundo o gerente de produtos da +A Educação, Rafaeal Alonso, o que estamos vivendo hoje é o que ele chama de uma “nova onda” da produção de conteúdo.
Essa onda consiste em trazer para os cursos de graduação e pós-graduação o conceito de microlearning, que assegura a personalização dos processos de aprendizagem. Essa justamente personalização é o que garante a preservação da identidade da instituição de ensino.
“A plataforma A conta, atualmente, com um acervo de mais de 20 mil unidades de aprendizagem, que se fragmentam em centenas de milhares de objetos, os quais podem ser montados de acordo com a estratégia de cada instituição de ensino ou mesmo conforme os objetivos de cada curso”, conclui Alonso.
Por: Desafios da Educação