Inovação como motor da gestão
No podcast Gestão do Ensino Superior, Janes Fidélis Tomelin, vice-presidente acadêmico da Vitru Educação, fala sobre inovar nas IES
O mundo atual aponta para transformações no mercado ao exigir novas formas de se relacionar, ensinar e aprender. Neste cenário, inovar a gestão é a base para garantir o sucesso de uma instituição de ensino. É o que indica Janes Fidélis, vice-presidente acadêmico da Vitru Educação. Formado em filosofia, o profissional fala sobre a força da inovação no gerenciamento dos negócios.
Convidado do Podcast Gestão do Ensino Superior, Fidélis sugere aos gestores da área educacional um exercício que pode expandir o olhar administrativo. “O exercício de nos vermos como estudantes. Nessa simples mudança de prisma, descobrimos o outro olhar. Tradicionalmente, na gestão, o nosso primeiro olhar é para o ensino e, nessa provocação, passamos a ver a aprendizagem. Mais do que estar atento a uma gestão para o ensino, devemos estar atentos a uma gestão para a aprendizagem”, defende.
Para o profissional, as novas tecnologias têm auxiliado a implantar soluções que possibilitam a mediação da vontade de aprender. “Nem sempre queremos alguém que nos ensine. A vontade de aprender está intimamente ligada à curiosidade, à vontade de desvelar uma realidade.”
Ao falar sobre curiosidade, o VP acadêmico lembra a trajetória inovadora do polímata Leonardo Da Vinci. “Ele aprendeu muito, não porque ensinaram, mas porque, além de suas habilidades e competências, tinha uma vontade de descobrir e de inventar. Além de todas as criações – como a famosa Monalisa –, é atribuída a ele a criação do primeiro currículo vitae. Ainda jovem, Da Vinci quis trabalhar com o príncipe de Milão e lhe escreveu uma carta de apresentação. A narrativa não foi sobre o que já havia feito ou sobre sua experiência, ele escreveu sobre as competências que tinha para atender ao príncipe. ‘Se você precisar de uma solução para sua estrutura de guerra nas trincheiras, desenvolverei escadas que os protegerão das tochas de incêndio’, e outras diversas soluções para aquele contexto”, descreve.
“Aprender é descobrir, revelar e desenvolver competências para solucionar problemas”, ressalta. Questionado sobre as mudanças do mercado, Fidélis defende que a inovação no contexto atual é “antes metodológica e, depois, tecnológica.”
Por: Revista Ensino Superior