Licenciaturas ganham capítulo especial no Mapa do Ensino Superior

Publicado por Sinepe/PR em

Nova edição da publicação do Semesp traz pesquisa inédita que revela: 79,4% dos docentes já pensaram em desistir da profissão

O Semesp lançará no dia 8 de maio a 14.ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil com dados do ensino superior público e privado de todos os estados do Brasil, nas modalidades presencial e EAD. Nota da entidade antecipa que o número de ingressantes voltou a crescer nos cursos presenciais.

A edição trará capítulo especial sobre os cursos de licenciaturas, com a pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, que revela: 79,4% dos docentes já pensaram em desistir da profissão. Os dados serão acompanhados por análises de especialistas em educação superior. As licenciaturas representam 17,7% do total das matrículas do ensino superior, cerca de 1,7 milhão de alunos.

O evento de lançamento, para associados, será presencial, com apresentação e análise de dados por Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp.

MEC institui GT para a criação da Universidade Indígena

O Ministério da Educação (MEC) pretende criar a Universidade Indígena e, para isso, instituiu o Grupo de Trabalho (GT) por meio de portaria publicada ontem, dia 17 de abril, no Diário Oficial. O GT realizará debates e estudos técnicos e terá na sua composição os representantes das seguintes secretarias: Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Educação Superior (Sesu), Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Rosilene Araújo Tuxá, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena da Secadi, afirma que “a educação escolar indígena tem uma legislação própria e garante os processos societários de bem viver desses povos, a alfabetização nas línguas indígenas, o processo de ensino-aprendizagem no bilinguismo e multilinguismo e a valorização da interculturalidade dos povos indígenas em seus contextos territoriais”.

Em relação à universidade, conta que “os cursos implantados devem ter o olhar para o meio ambiente, para os projetos de bem viver e para o potencial dos territórios. Os cursos de Direito, por exemplo, devem valorizar de fato a legislação dos direitos dos povos indígenas. Os cursos da Saúde devem passar pelo bem viver e modo como os povos indígenas pensam a saúde, com uma saúde e uma educação ambiental territorializadas, para que de fato esses cursos pensem a partir da realidade dos povos indígenas”.

Lembrete

A microcertificação e sua importância entre os recrutadores e os que buscam uma vaga no mercado de trabalho têm impactado as IES e transformado metodologias e currículos. O empenho das IES por colocar seus alunos no mercado de trabalho é mundial. Essa responsabilidade tornou-se vital e a empregabilidade deve compor a cesta de indicadores para avaliação das instituições brasileiras.

Revisitar a definição das microcertificações pode contribuir para que esse documento tão desejado não perca sua essência. De acordo com a proposta da Unesco, em estudo intitulado Towards a common definition of micro-credentials, a microcertificação é “um registro de realização de aprendizado específico que verifica o que o aluno sabe, entende ou pode fazer; inclui avaliação baseada em padrões claramente definidos e é concedida por um agente confiável; tem valor autônomo e também pode contribuir ou complementar outras microcertificações ou macrocertificações, inclusive por meio do reconhecimento de aprendizado anterior; além disso, atende aos padrões de qualidade exigidos”.

Garotas criativas

Maria Eduarda da Silva tem 21 anos, mora em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre e é formada em comunicação visual pelo SENAI Artes Gráficas, onde atualmente estuda design digital. Manuela Pellegrini Taddeo, de 20 anos, mora em São Paulo, capital, e está no 5º semestre do curso de design gráfico e digital no Instituto Europeu di Design, IED.

Elas são as finalistas na seletiva brasileira do campeonato dos alunos mais criativos do mundo realizado pela Adobe. As duas seguirão em julho para Los Angeles, EUA, para a final do Certiport’s Adobe Certified Professional World Championship, o campeonato mundial dos alunos criativos com tecnologias Adobe Illustrator ou Photoshop.

Maria e Manuela concorreram com outros 150 alunos, de 15 estados brasileiros, entre 16 e 22 anos. Na competição, a tarefa era, em três horas, desenvolver um projeto para a ONG Grupo Brasil Vida, que desde 1997 atua nos direitos das pessoas idosas.

“Agora começamos todo um trabalho de preparação do nosso time, desde processos burocráticos como passaportes e vistos, até uma verdadeira preleção para que cheguemos aos EUA competitivos e mantenhamos nosso destaque internacional, já que o Brasil só participa da competição há três anos e sempre esteve no pódio entre os três primeiros colocados”, explica Álvaro Venegas, fundador e CEO da ENG DTP & Multimídia que foi quem trouxe para o Brasil a competição que já acontece há quatro anos com participação do país, e que começou internacionalmente em 2009.

Em 2021, Gustavo Oliveira, de Goiânia (GO), foi o vice-campeão mundial entre representantes de 80 países. Manoela Campos, de Porto Alegre (RS), também foi vice colocada geral, em 2022. E ano passado o Brasil conquistou mais um pódio, desta vez com Egberto Oliveira, de Maceió (AL), na 3.ª posição geral da competição entre 164 criativos de 82 países.

Por: Revista Ensino Superior